Perfumes

O Gosto e o Cheiro

O objetivo deste artigo é compreender o gosto do brasileiro pelo perfume. O Brasil é o segundo maior consumidor mundial de perfumes. Os produtos mais consumidos são os nacionais e massivos. Os maiores consumidores são pessoas das Classes C, D e E das regiões Norte e Nordeste, que, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2010), gastam familiarmente por mês mais com perfumes do que com arroz ou com educação. O ponto de partida é o debate sobre o suposto caráter supérfluo dos perfumes, à luz da particularidade sócio-histórica do Brasil. Daí buscamos compreender esse gosto a partir da relação daquilo que foi considerado pela pesquisadora Renata Aschcar como o cheiro do Brasil no século XX, a lavanda, a partir de um de seus produtos de destaque na história nacional da perfumaria: a Seiva de Alfazema criada pela Phebo.

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A defesa da civilização brasileira a partir da crítica ao uso de perfumes

Em teses acadêmicas escritas por médicos no estado da Bahia (Brasil) de século XIX, somos confrontados com a afirmação de que perfumes são um mal a ser evitado. Preocupados em promover a saúde da população e se estabelecerem num país fortemente marcado pela disputa entre diferentes agentes dedicados à cura, os médicos formados na Faculdade de Medicina da Bahia, inaugurada em 1832, insistirão no caráter patológico dos aromáticos e, com isso, se colocarão contra determinados costumes do Brasil colonial, bem como a práticas trazidas no início do século pela Coroa Portuguesa. Os argumentos articulam simultaneamente corpo e moralidade na construção de um discurso de verdade que constituiria o científico e visa simultaneamente discutir e instituir a civilização no Brasil. O nosso objetivo é, a partir das teses, identificar e compreender algumas das tensões que envolvem os diferentes modos como cheiros e perfumes eram pensados no período.

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