O livro Política Social no Capitalismo Tardio, de Elaine Rossetti Behring, oferece uma análise crítica da política social brasileira sob a perspectiva do materialismo histórico-dialético, articulando suas contradições dentro do contexto do capitalismo tardio. A autora argumenta que, nesse estágio do capitalismo, as políticas sociais não se constituem como direitos universais, mas como mecanismos de regulação e controle da força de trabalho, subordinadas às exigências do capital. Behring enfatiza que as reformas neoliberais, especialmente a partir dos anos 1990, intensificaram a mercantilização dos direitos sociais, comprometendo os princípios de universalidade e equidade. Com base nisso, defende que a luta por uma política social efetivamente emancipatória deve estar integrada à crítica radical do capitalismo e à construção de um novo projeto societário. Deseja uma visão crítica e engajada, centrada nas lutas sociais e na resistência popular.