No livro O Individualismo: uma perspectiva antropológica da ideologia moderna, Louis Dumont analisa as origens e o desenvolvimento do individualismo como um valor central da modernidade ocidental, contrastando-o com sociedades tradicionais e holísticas. Dumont argumenta que o individualismo moderno emerge no Ocidente a partir da separação entre religião e sociedade, marcada pelo pensamento cristão e reforçada pelo Iluminismo. Ele destaca como essa ideologia privilegia a autonomia e a igualdade entre os indivíduos, em oposição à interdependência e hierarquia típicas de outras culturas. A obra reflete sobre como o individualismo molda as instituições, as relações sociais e a própria concepção de humanidade, oferecendo um panorama crítico e comparativo entre as perspectivas modernas e tradicionais.