Em A Questão Judaica (ou Réflexions sur la question juive), Jean-Paul Sartre analisa o antissemitismo e a identidade judaica sob uma perspectiva existencialista. Ele argumenta que o judeu é definido não por suas próprias características intrínsecas, mas pela maneira como a sociedade o percebe, especialmente pelos antissemitas, que projetam nele suas frustrações e inseguranças. Sartre também distingue diferentes tipos de judeus em resposta à opressão, como o judeu autêntico, que assume sua identidade, e o inautêntico, que tenta se assimilar. O autor conclui que a libertação dos judeus depende da erradicação do antissemitismo, que, por sua vez, exige uma transformação social mais ampla.