No livro A Ética Romântica e o Espírito do Consumismo Moderno, Colin Campbell propõe uma interpretação original sobre as origens culturais do consumismo na sociedade ocidental. Em vez de atribuir o consumismo apenas à industrialização ou à propaganda, Campbell argumenta que ele está enraizado em uma transformação cultural anterior: o surgimento da ética romântica no século XVIII, marcada pelo sentimentalismo, pela valorização da imaginação e pelo desejo interior de experiências autênticas e emocionantes. Essa ética romântica moldou o consumidor moderno como alguém impulsionado por sonhos, desejos e fantasias, e não apenas por necessidades materiais. Assim, o consumismo contemporâneo é visto como uma continuação desse impulso imaginativo, em que o ato de consumir torna-se uma forma de busca pessoal por sentido, prazer e identidade.