No livro A Duração das Cidades: sustentabilidade e risco nas políticas urbanas, Henri Acselrad analisa criticamente como o discurso da sustentabilidade tem sido apropriado nas políticas urbanas brasileiras, muitas vezes descolado das realidades sociais e das desigualdades estruturais. O autor argumenta que a sustentabilidade, ao ser tratada apenas como questão técnica ou ambiental, acaba ocultando conflitos sociais e legitimando práticas excludentes, como remoções e segregações territoriais. A obra propõe uma abordagem que valorize o tempo social e os modos de vida das populações urbanas, destacando a importância da participação democrática na construção de cidades mais justas, duráveis e inclusivas.