“Prática Baseada em Evidência” ou Prática de Atenção Plena?

Ainda relativamente desconhecido por muitos profissionais, estudiosos e pesquisadores, a Prática Baseada em Evidência (PBE) é um protocolo para tomada de decisões que vem se desenvolvendo no mundo inteiro. Amparadas por entidades como a OMS (Organização Mundial da Saúde), a PBE apresenta uma proposta especial de cuidado ao pacientes e/ou clientes que impõem significativos desafios não somente aos profissionais envolvidos, como aos entes reguladores do sistema de saúde. Segue um arquivo publicado da Scielo Brazil cuja proposta é empreender uma análise acerca da condições de possibilidade da implementação da PBE no cotidiano da atenção primária brasileira. Seria útil colher a opinião de todos através dos comentário após garantir a LPAI.

Clique aqui para ler o arquivo na fonte ou através do PDF abaixo:

1 comentário em ““Prática Baseada em Evidência” ou Prática de Atenção Plena?”

  1. A PBE, conforme apresentada no texto, mostra-se ainda um imenso desafio, em especial devido a dois fatores, na minha opinião bem explicitados no texto: 1) deficiência na formação dos profissionais quanto a práticas de pesquisa e que permitam incorporar tais procedimentos enquanto rotina profissional; 2) condições de trabalho precárias que dificultam a atualização dos profissionais envolvidos. A PBE, a meu ver, é uma urgência em diferentes áreas – ou seja, para além da saúde -, mas é preciso considerar a necessidade de que alguns de seus termos sejam assumidos com atenção e em perspectiva crítica e um deles, sem dúvidas, é o que respeita a atenção à pessoa (paciente, cliente…), pois aí deveria estar explicitado que a pessoa não pode ser considerada como indivíduo isolado de seu contexto, pois, nessa condição, ela simplesmente inexiste. Por contexto, entendo as redes de relações da quais faz parte e ajuda a compreender “o lugar” que a pessoa ocupa no mundo social em suas diferentes dimensões. Deste modo, a pessoa deve ser tomada por dentro de sua rede de relações, o que já conformaria o eixo da análise sociocultural proposta pelo conjunto de autores do artigo. Em suma, considero que se trata mais propriamente de conferir a densidade necessária ao elemento “atenção ao paciente” do tripé do que a construção de novo fator, a fim de não separarmos, mesmo apenas no modelo analítico, a pessoa e seu contexto como dois fatores distintos. No entanto, os desafios da valorização à prática de pesquisa como rotina profissional, com desenvolvimento das habilidades para isto requeridas e em condição de serem continuadas a partir da inserção no mundo do trabalho, ainda são imensos, funcionando como grandes entraves à efetivação de melhores condições de saúde à população.

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