A defesa da civilização brasileira a partir da crítica ao uso de perfumes

Os Doutores em Medicina na Bahia do Século XIX.

Em teses acadêmicas escritas por médicos no estado da Bahia (Brasil) de século XIX, somos confrontados com a afirmação de que perfumes são um mal a ser evitado. Preocupados em promover a saúde da população e se estabelecerem num país fortemente marcado pela disputa entre diferentes agentes dedicados à cura, os médicos formados na Faculdade de Medicina da Bahia, inaugurada em 1832, insistirão no caráter patológico dos aromáticos e, com isso, se colocarão contra determinados costumes do Brasil colonial, bem como a práticas trazidas no início do século pela Coroa Portuguesa. Os argumentos articulam simultaneamente corpo e moralidade na construção de um discurso de verdade que constituiria o científico e visa simultaneamente discutir e instituir a civilização no Brasil. O nosso objetivo é, a partir das teses, identificar e compreender algumas das tensões que envolvem os diferentes modos como cheiros e perfumes eram pensados no período.

Palavras-chave: perfumes; teses de medicina; civilização; século XIX; Brasil.

Este artigo é uma versão revista do trabalho apresentado no 18º Congresso 1 Brasileiro de Sociologia (2017).

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2 comentários em “A defesa da civilização brasileira a partir da crítica ao uso de perfumes”

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