O menino negro de família pobre torna-se um dos mais destacados médicos psiquiatras do Brasil em um período em que o racismo impregnava a ciência.
Recentemente o Google fez uma homenagem a Juliano Moreira através da criação de uma ilustração.
Homenagem feita pelo Google a Juliano Moreira no dia em que ele completaria 149 anos
No início do século 20, ele “revolucionou o tratamento de pessoas com transtornos mentais no Brasil e lutou incansavelmente para combater o racismo científico e a falsa ligação de doença mental à cor da pele”.
Durante toda sua trajetória, Moreira navegou um ambiente onde o paradigma do racismo disfarçado de ciência fazia as vezes de lei. Lembrando que, em 1929, o 3º Congresso Brasileiro de Neurologia, Psiquiatria e Medicina Legal, aprovou “que só seja permitida a entrada no país de imigrantes da raça branca”, ressaltando que deveria ser “expressamente proibido para o efeito de residência além de seis meses, a entrada, no país, de quaisquer elementos das raças negra e amarela”. Apenas a partir da década de 1930, essas teorias deixaram de ser hegemônicas. Nina Rodrigues começou a ser desacreditado só na década de 1950.