Quem sabe é chegado o momento de refletir as contribuições das pesquisas recentes em neurociências para as Ciências Sociais? Quem sabe se o que já se produziu até o momento nas áreas da Sociologia, Antropologia e Ciências Políticas já tenham dispersados as sementes das evidências que as neurociências estão apresentando a partir de novas tecnologias de imagem? O artigo abaixo propõe uma revisão de literatura nas Ciências Sociais com questões importantes para uma reflexão. Vamos ver?
Vale a pena conhecer melhor tais trabalhos e o que propõem para uma relação entra a sociologia e as neurociências e a biologia. Numa perspectiva ainda muito inicial, não vejo a necessidade de pensar nisso como uma especialidade na sociologia. Acredito que os diálogos podem significar assumir que as outras áreas do conhecimento têm muito a contribuir ao entendimento do mundo social. No caso das neurociências, seus avanços na direção de uma interpretação do funcionamento cerebral a partir das premissas da reticularidade e da plasticidade, bem como da interconexão cerebral, “pedem” a aproximação da sociologia, ao mesmo tempo em que confirmam uma série de debates nossos travados há mais de um século. No entanto, não se trata de, restritivamente, buscar confirmações nas chamadas ciências duras, mas de contribuir com o desenvolvimento dela e, ao mesmo tempo, revolver nossas perspectivas a partir do que elas nos trazem. Isto é, a palavra de ordem é alimentar o diálogo para benefício do conhecimento
Concordo totalmente. Uma especialidade em Sociologia poderia representar o contrário do que se pode ver nas contribuições da neurociência. Em relação a um certo modelo epistêmico de pensamento, recorrente em algumas áreas das Ciências Sociais, temo que possa representar graves dificuldades a uma sustentação de conceitos, métodos, etc. Seja como for, é necessário dialogar mais com outras áreas, especialmente a física, que também traz muitas novidades. Somos e estamos, queiramos ou não, seres e objetos dessa mesma natureza